A política é o governo da opinião.
Carlo Bini (1806-1842)




quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pedro Passos Coelho, fuma mas não quer inalar

Hoje ficamos a saber que Pedro Passos Coelho é daqueles que fuma mas não quer inalar.
Na verdade, não se compreende como é que alguém, com pretensões à liderança dos destinos do país, em negociação com o Primeiro Ministro José Sócrates concorda com um plano de austeridade assente em várias medidas, designadamente de aumento de impostos, venha agora pedir desculpas pelas posições assumidas. Tal postura só demonstra que não está preparado para a adversidade e para os contratempos de uma governação, cada vez mais determinada pelas decisões com origem em Bruxelas. Ou seja, para os tempos que atravessamos.
Um dirigente político quando decide, por principio, decide no sentido de ser o melhor para o país, segundo a sua visão. Por isso, quando decide contrariamente aos seus compromissos eleitorais é porque as circunstâncias o levaram nesse sentido, que é manifestamente o caso presente. Daí o incompreensível pedido de desculpas de Pedro Passos Coelho.
Quando pequenino sempre me ensinaram que só se deve pedir desculpas quando não há intenção no acto que "feriu" o próximo.