A política é o governo da opinião.
Carlo Bini (1806-1842)




quarta-feira, 26 de maio de 2010

Portugal Telecom versus Telefónica - 2

OPA Gostava de saber se Passos Coelho mantêm a opinião, que defendeu durante a campanha de candidatura a Presidente do PSD,  de que o estado não deve ter qualquer posição accionista nas empresas que se têm revelado (e são) estratégicas para Portugal, como sejam a a PT e a EDP, e que deveria alienar as golden share que detêm. De facto, este momento, em que a PT se encontra ameaçada pela eventualidade de uma OPA hostil por parte da TELEFÓNICA, é importante para avaliar a coerência e a consistência das suas opiniões no que respeita ao papel do Estado na economia. E já agora também se está de acordo ou não com a opinião dos accionistas da EDP que acham a permanência do Estado muito importante, como se pode ver aqui. Faço votos para que um ilustre jornalista que lhe faça essa pergunta.

Portugal Telecom versus Telefónica

A guerra da TELEFÓNICA pela aquisição da VIVO, detida em partes iguais com a PT, expressa aqui, vem recordar um ditado, carregado de história, que diz "De Espanha nem bom vento nem bom casamento." Este casamento entre a PT e a TELEFÓNICA no Brasil, pelos vistos, vem confirmá-lo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

As caravelas do futuro

Portugal afirmou-se no mundo no século XV pelos descobrimentos. Essa epopeia tinha por trás um amplo conhecimento das técnicas de construção naval, de cartografia e de navegação em mar alto. Essa afirmação passou por um triângulo: Portugal, Brasil e África. Aqui podemos ver a repetição desse vértice. Só que as caravelas de hoje são as grandes empresas, como a PT e a GALP. Essas empresas promovem e mobilizam o conhecimento produzido em Portugal, daí a importância nacional da preservação dos seus centros de decisão em território nacional. Por isso, não se compreende que alguns vejam nas golden-share que o estado detêm, nessas empresas, um mal e não um activo que importa preservar.
É por essas "caravelas" passará a afirmação de Portugal no presente e no futuro.

sábado, 15 de maio de 2010

Papa-reformas

Saldanha Sanches em artigo, póstumo, hoje publicado no Expresso, refere-se à existência de papa-reformas, que designa como profissionais de acumulação de reformas públicas, semipúblicas e semiprivadas, e remete, designadamente, para o Banco de Portugal. A pergunta que coloco é se entre estes profissionais não estarão alguns, ou muitos, dos que integraram a designada brigada do reumático que, envolvidos de preocupação com o futuro do país, foram, de braços abertos, recebidos pelo Presidente da República recentemente.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pedro Passos Coelho, fuma mas não quer inalar

Hoje ficamos a saber que Pedro Passos Coelho é daqueles que fuma mas não quer inalar.
Na verdade, não se compreende como é que alguém, com pretensões à liderança dos destinos do país, em negociação com o Primeiro Ministro José Sócrates concorda com um plano de austeridade assente em várias medidas, designadamente de aumento de impostos, venha agora pedir desculpas pelas posições assumidas. Tal postura só demonstra que não está preparado para a adversidade e para os contratempos de uma governação, cada vez mais determinada pelas decisões com origem em Bruxelas. Ou seja, para os tempos que atravessamos.
Um dirigente político quando decide, por principio, decide no sentido de ser o melhor para o país, segundo a sua visão. Por isso, quando decide contrariamente aos seus compromissos eleitorais é porque as circunstâncias o levaram nesse sentido, que é manifestamente o caso presente. Daí o incompreensível pedido de desculpas de Pedro Passos Coelho.
Quando pequenino sempre me ensinaram que só se deve pedir desculpas quando não há intenção no acto que "feriu" o próximo.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Demissão do Conselho de Administração da TAGUSPARK

Interessante ouvir pela voz de Isaltino Morais, Presidente da Assembleia-geral da TAGUSPARK, relacionar a decisão demissão do Conselho de Administração do TAGUSPARK com o "mediatismo negativo" que "não é vantajoso para o Taguspark", uma instituição visada pelas autoridades judiciais, tendo sido ele condenado a sete anos de prisão efectiva e a perda de mandato por ter usado cargos políticos para proveito próprio. Se houvesse decoro já se teria demitido da Presidência da Câmara de Oeiras pelas mesmas razões.